Anunciada em 2019, as obras da revitalização do terminal rodoviário Heitor Eduardo Laburu, a antiga rodoviária de Campo Grande, estão paralisadas atualmente e, prestes a perder mais um prazo, a Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (Sisep) adiou a entrega para o primeiro semestre de 2024.
Programada, inicialmente, para ser entregue neste mês e com o orçamento de R$ 19 milhões, a obra, que abrange todo o espaço público do prédio, não teve muitos avanços desde que a ordem de serviço foi assinada pela prefeita da Capital, Adriane Lopes, em 1º de julho do ano passado.
Faltando pouco para completar um ano, a reforma, que estava prevista para ser concluída no dia 26 de junho de 2023, não está nem na metade. De acordo com a pasta responsável, a obra está apenas 10% concluída, ou seja, ainda se encontra muito longe de ser o prédio amplamente divulgado pela prefeitura.
Ao Correio do Estado, a Sisep informou que a revitalização precisou de algumas readequações, as quais precisam ser aprovadas pela Caixa Econômica Federal, financiadora da obra. Contudo, não foi informado valores ou quais adaptações serão necessárias no projeto.
Em visita recente ao local, a equipe do Correio do Estado pode constatar o abandono da obra. O prédio está cercado por tapumes, mas não há nada que mostre que a revitalização do espaço está progredindo.
Ainda conforme mostrado pelo jornal, a paralisação da reforma fez aumentar a insegurança dos comerciantes e moradores em relação aos usuários de drogas e pessoas em situação de rua, que agora usam a estrutura do espaço como abrigo.
ATRASO
Esta não foi a primeira vez que a prefeitura afirma que o projeto precisa de incremento e adequar alguns lugares.
Em dezembro do ano passado, o então titular da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, afirmou que o ritmo lento das obras era em razão da necessidade de rever detalhes do planejamento, mas, também não informou quais detalhes seriam estes e se custariam algum valor a mais do previsto inicialmente.
O PROJETO
A revitalização conta com o repasse de R$ 15,3 milhões, por meio de emenda da bancada federal realizada em 2019, e mais uma contrapartida de R$ 1,2 milhão da prefeitura de Campo Grande. Contudo, após algumas revisões, o orçamento final foi de R$ 19 milhões.
O projeto prevê a reforma das áreas públicas do local, como as plataformas de embarque e desembarque, bem como duas salas no pavimento superior, onde serão realocadas a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e a Fundação Social do Trabalho de Campo Grande (Funsat). A ideia é que o fluxo de pessoas aqueça o comércio no entorno e também na parte privativa do prédio, além de inibir a ação de criminosos que rondam a região.
Ainda estão previstas a instalação de um jardim vertical, a abertura de duas claraboias para iluminação natural, estacionamento e área de convivência.
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