Oito vezes maior que no ano passado, casos de chikungunya em 2023 bateram recorde em MS.

Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. (Foto: Agência Brasil)

De janeiro até a primeira semana de julho, Mato Grosso do Sul registrou 4.871 casos prováveis de chikungunya, número oito vezes superior ao de  2022 e o maior da série histórica da doença, que computa dados desde 2014. 

Com a realidade, o Estado entra em atenção para a doença que também é causada pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor da zika e da dengue, que está em alta em Mato Grosso do Sul.

Conforme dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde), em 2023 três pessoas morreram por complicações da doença. As vítimas tinham idades entre 43 e 70 anos e eram das cidades de Bela Vista, Dourados e Brasilândia. Mortes por chikungunya não eram registradas desde 2018 em Mato Grosso do Sul.

Dos casos confirmados, foram 1.197 até agora, do total, 38 gestantes. Entres os municípios, 10 aparecem na faixa vermelha com alta incidência da doença, medida pela análise do número de casos confirmados e quantidade de moradores. 

Aparecem em situação crítica as cidades de: Maracaju, Coronel Sapucaia, Brasilândia, Costa Rica, Guia Lopes da Laguna, Ponta Porã, Paranhos, Mundo Novo, Nioaque e Cassilândia.

No gráfico dos casos prováveis a elevação é acentuada. Enquanto em 2023 foram 4.871 notificações, no ano passado o acumulado de doze meses foi de 608 casos, quantidade oito vezes menor. No ano anterior, 2021, foram 173 e em 2020, 193. 

Zika 

Além da chikungunya e da dengue, a realidade de elevação se apresenta também nas notificações de zika. Enquanto neste ano 138 casos prováveis foram listados, em 2022 foram 32, número quatro vezes menor. Até agora, Mato Grosso do Sul teve 43 confirmações da doença.

Orientações contra o mosquito

Caixas d’água, cisternas, tonéis, tambores e filtros necessitam ser tampados. Até mesmo reservatórios de eletrodomésticos devem passar por uma vigilância frequente, como é o caso de geladeiras e climatizadores.

Verifique se a sua geladeira tem um coletor de água do degelo automático (fica na parte de trás, perto do motor). Caso tenha, é preciso limpar com água e sabão a bandeja onde a água é acumulada, pelo menos uma vez por semana. No caso de climatizadores ou aparelhos de ar-condicionado, é necessário retirar o compartimento, esvaziá-lo e lavá-lo.

Ralos limpos e com aplicação de tela evitam o surgimento de criadouros. Além disso, é importante saber que a água com larvas não deve ser derramada em ralos ou na pia – lugares que podem gerar acúmulo –, mas sim na terra ou no cimento quente.

Um modo de prevenir criadouros é descartar objetos no lugar correto e levar o lixo para fora de casa somente no dia da coleta, por exemplo. Recipientes e sacos plásticos, garrafas, latas, sucatas, ferro-velho, entulhos em construção, tudo isso pode ser foco do mosquito.

Furar o fundo das latas e, se possível, amassar, tampar latas de tinta e deixá-las em local adequado, enviar sacos plásticos para reciclagem, amassar copos descartáveis e manter garrafas com tampas ou viradas para baixo são algumas medidas que podem ajudar a eliminar o acúmulo de água.

Republicado de https://midiamax.uol.com.br

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