Enquanto o Rio de Janeiro enfrenta crises de segurança pública, informações da Operação Égide II apontam que o dinheiro do tráfico de armas e drogas, que saíam de Mato Grosso do Sul para o Estado fluminense, era lavado em imóveis de alto padrão em Campo Grande.
Na manhã desta sexta-feira (15), a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/MS) cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em Campo Grande, com foco em desarticular essa quadrilha especializada.
Conforme a Polícia Federal, o transporte interestadual de armas e drogas para o Rio de Janeiro era feito em remessas.
Justamente a lavagem desse capital, obtido com o tráfico dos armamentos, era feita com investimentos em imóveis de alto padrão na Capital de Mato Grosso do Sul.
Operação Égide
Cabe destacar que a Égide II sequencia a ação da Secretaria Nacional de Segurança Pública, iniciada ainda em 10 de julho de 2017, executada pela Polícia Rodoviária Federal.
Desde o início, essa operação atua em três frentes, sendo:
- Estados fronteiriços com Paraguai, Bolívia e Argentina (RJ;SC;PR e MS)
- Corredores rodoviários (GO; SP e MG) e
- Destino (Rio de janeiro)
Balanço do Ministério da Justiça e Segurança Pública, sobre os primeiros 250 dias dessa operação, apontam para a apreensão de 673 armas de fogo e 119.430 munições de diversos calibres, inclusive de fuzis.
Quanto ao tráfico de drogas, foram apreendidas 154,8 toneladas de maconha e 3,5 toneladas de cocaína e crack.
Essa Operação foi batizada com a palavra de origem grega que remete à proteção, “aigis”. Mitologicamente, égide era o escudo mágico empunhado por Zeus e Atena, que representam à capacidade defensiva.
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