Servidores do setor de saúde dos Hospitais Universitários de Mato Grosso do Sul recusaram nova proposta feita pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) de 3,09% no reajuste salarial.
Em razão da nova decisão, os trabalhadores devem aderir ao movimento de greve nesta quarta-feira (8) e decidir se paralisam os serviços hospitalares ou não. Caso isso aconteça serão paralisados 50% na área de enfermaria e 30% em áreas críticas como UTI, CTI, emergências, podendo prejudicar o atendimento público.
Atualmente o Hospital conta com 210 leitos de internação, 21 leitos de observação (PAM Adulto + PAM Ped) para 260 pacientes. Em abril foram abertas 760 fichas de atendimento na Urgência e Emergência, com uma média de 25 pacientes por dia.
Na última quinta-feira (2) os servidores já tinham recusado a proposta feita pela Ebserh de 2,5%, durante a ocasião o presidente do Sindserh-MS, Wesley Cassio Goully explicou que devido ao decreto de calamidade pública decretado na última terça-feira (29), os trabalhadores optaram por negociar com a Ebserh na segunda-feira (13) em busca de uma melhor proposta.
Entre as reivindicações do setor, está 14,07% no reajuste salarial, melhora nos benefícios como auxílio-alimentação e auxílio-creche, além da disponibilidade do material de EPI (Equipamentos de Proteção Individual) e insumos básicos.
“Queremos algo que já deveria ter no dia a dia, várias vezes faltam seringas, lençol, medicamentos e várias outras coisas”, relatou o presidente do Sindserh-MS.
Greve nas Universidades Federais
Durante Assembleia Geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (ADUFMS), na manhã do dia 23 de abril, os docentes de Campo Grande votaram “sim” pela adesão – a partir de 1º de maio – à greve nacional que reivindica a recomposição salarial ao nível da inflação.
Além de Campo Grande, essa Assembleia Geral foi realizada em Três Lagoas, Corumbá, Aquidauana, Paranaíba, Chapadão do Sul, Ponta Porã, Nova Andradina e Naviraí, por meio de voto on-line e presencial
Com opções de voto para deflagração da greve sendo “sim” ou “não”, 150 foram favoráveis pela adesão, enquanto cinquenta e dois se mostraram contrários à proposta, com apenas duas abstenções registradas.
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