Foto tirada em Bonito (MS) fica entre as 50 melhores do mundo em competição internacional.

Destaque entre as 15 melhores fotos de 2021. Imagem feita em Mato Grosso do Sul — Foto: Ruver Bandeira

Pela segunda vez, uma imagem feita nas águas cristalinas de Bonito (MS), figurou entre as melhores do ano, no International 35AWARDS, uma das maiores competições de fotografia do mundo. O momento foi captado pelo fotógrafo cearence, Ruver Bandeira, no Abismo Anhumas. Veja a imagem acima.

O evento é realizado na Europa e está na 8ª edição neste ano. Foram 105 mil competidores de todo mundo, que resultou em quase 750 mil fotos inscritas em todas as categorias.

Em 2021, a foto no Abismo de Bonito ficou entre as 15 melhores do ano na categoria subaquática. Neste ano, Ruver inscreveu novamente o trabalho e foi premiado pela segunda vez: ficou entre as 50 melhores fotos na mesma categoria.

O fotógrafo já rodou o mundo fotografando a vida embaixo d’água, mas relata que Bonito foi um dos lugares mais belos que já pisou.

“Bonito sempre foi um lugar especial porque inspira natureza e preservação. Tenho uma conexão muito especial com a cidade, cada vez que vou fico energizado. Conheço muito lugar no Brasil e fora do país, mas Bonito sempre foi o mais encantador. Em qualquer ambiente que você está ali, sempre chega uma arara, um pica pau”, comentou.

O curioso, é que a fotografia que encantou os europeus foi tirada por acaso. Ruver explica que na ocasião, foi até a região para realizar outro ensaio fotográfico, que inclusive, o g1 também noticiou.

“A ideia de foto não era essa, eram outras de um ensaio sem roupa de mergulho, só que acabamos fazendo essa e deu certo. Não foi planejada, nem nada”.

Ensaio realizado em fervedouro da Nascente da Serra de Bodoquena (MS). — Foto: Ruver Bandeira
Ensaio realizado em fervedouro da Nascente da Serra de Bodoquena (MS). — Foto: Ruver Bandeira

O ensaio em questão foi um fervedouro inédito na Nascente da Serra de Bodoquena, em Bodoquena (MS). Os registros foram protagonizados por uma modelo, que precisou ficar em apneia por mais de um minuto.

“Uma coisa é fotografar fora d’água e outra embaixo d’água. Dentro parece que está sem gravidade. Então precisa manter o equilíbrio para não desfocar. Tem técnicas especiais, tem questões de iluminação”, apontou o fotógrafo.

Para fazer uma só foto, são necessários meses de preparação. No Abismo Anhumas, por exemplo, as imagens precisam ser feitas no inverno, porque é o único período do ano que a iluminação natural permite a melhor qualidade das fotos.

“É quando tem o peixe de luz, exatamente no inverno. E também tem essa questão, vou passar quatro dias em Bonito para fazer ensaio, mas pode estar chovendo os quatro dias. Nesse dia estava nublado, mas o sol ficava saindo e abrindo. A água estava 18 ºC”, detalhou.

Lagoa Misteriosa, em Bonito — Foto: Ruver Bandeira/Arquivo pessoal
Lagoa Misteriosa, em Bonito — Foto: Ruver Bandeira/Arquivo pessoal

Republicado de https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/

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