Capital fecha inflação de 2023 (4,76%) no “teto” da meta.

Campo Grande fechou a inflação do último ano em 4,76%, no limite do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3,25%, com intervalo de tolerância até 4,75%. Dados divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou 2023 em 4,62%.

Com esse indicativo, o IPCA voltou para o patamar próximo de 2020. Nacionalmente, o último mês de 2023 registrou 0,28 ponto percentual acima da taxa de novembro (0,28%), fechando dezembro em 0,56%. 

Quanto às variações do último mês, nacionalmente o principal destaque vai para “Alimentação e bebidas” (1,11%), com o impacto de 0,23 pontos percentuais. 

Cabe apontar que todos os grupos de produtos e serviços, pesquisados pelo IBGE, tiveram alta em dezembro. 

Reprodução/IBGE

Alimentação e bebidas manteve a crescente e registrou alta de 1,11% no último mês. Já o comer em casa ficou mais caro, puxado principalmente pelas altas: 

  • batata-inglesa (19,09%), 
  • feijão-carioca (13,79%), 
  • arroz (5,81%) e 
  • frutas (3,37%)

 Também o comer fora de casa cresceu para 0,53%, após marcar 0,32% no mês anterior. Nesse subitem, tanto “lanche” (0,74%) quanto a “refeição” (0,48%) tiveram altas mais intensas que as vistas em (0,20% e 0,34%, respectivamente), como destaca o IBGE.

IPCA 2023

Entre 2022 e 2023 houve queda de 1,7 pontos percentuais no IPCA, resultado esse influenciado principalmente pelo grupo de Transportes (7,14%), já que a pauta da gasolina esteve muito em alta no último ano, subitem esse com destaque de 12,09%, e também com o maior impacto (0,56 p.p). 

Depois dele, aparecem os grupos de “Saúde e cuidados pessoais” (6,58%), seguido por “Habitação” (5,06%). Já em “Alimentação e bebidas”, grupo considerado de maior peso no IPCA, subiu 1,03% no ano. No acumulado de 2023 houve queda na alimentação domiciliar, destacando: 

  • Óleo de soja (-28,00% e -0,09 p.p.)
  • Frango em pedaços (-10,12% e -0,07 p.p.)
  • Carnes (-9,37% e -0,27 p.p.). 

Como detalha o instituto, as proteínas registraram os primeiros nove meses de 2023 em queda, só subindo a partir de outubro. Quanto ao óleo de soja, em 10 dos 12 meses houve queda no último ano.

Dos aumentos por região, Campo Grande teve o sétimo desempenho mais alto, entre as oito variações anuais que ficaram acima da média nacional, abaixo apenas de: 

  1. Brasília – 5,5% 
  2. Vitória – 5,1%
  3. Belo Horizonte – 5,05%
  4. São Paulo – 4,97%
  5. Fortaleza – 4,88%
  6. Belém – 4,82% 

Análise do Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA), do IPCA referente à Campo Grande indicam um cenário onde apenas o grupo da “Habitação” teve variação negativa (-0,10%) em dezembro. 

Na variação acumulada do ano, os desempenhos por grupo na Capital foram: 

  • Alimentação e bebidas (-0,40)
  • Artigos de residência (2,68)
  • Vestuário (3,99)
  • Transportes (6,90)
  • Saúde e cuidados pessoais (7,31)    
  • Despesas pessoais (6,06) 
  • Educação (8,35)
  • Comunicação (2,90)

Nessa análise regional, no grupo da alimentação, enquanto comer fora ficou 0,61 e 0,68 por cento mais cara, a alimentação em casa, que cresceu 1,71%, foi principalmente influenciada pelas altas: 

  1. Repolho (29,77%), 
  2. Batata-inglesa (27,77%), 
  3. Feijão-carioca (17,37%), 
  4. Tomate (10,23%), 
  5. Frutas (6,73%) e 
  6. Arroz (5,62%)

Vale também um recorte quanto ao grupo de Transporte na Capital, que não apresentou variação, em um cabo-de-guerra, entre a queda dos combustíveis (tanto da gasolina quanto etanol, -1,82 e -4,91 por cento, respectivamente), e aumento no automóvel usado. 

Dezembro em Campo Grande também foi o mês em que as despesas pessoais tiveram a maior alta do ano (0,61%), puxada por: manicure (4,25%), serviço de higiene para animais(3,75%), cabeleireiro e barbeiro (3,40%) e pacote turístico (2,15%). 

Republicado de https://correiodoestado.com.br

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