Após governo mandar Google e Facebook tirarem do ar anúncios falsos, delegada alerta para crimes na internet.

Imagem de site falso com oferta de renegociação de dívidas pelo Desenrola Brasil — Foto: Reprodução

Após o governo federal determinar que o Google e o Facebook retirem do ar anúncios falsos sobre o programa de renegociação de dívidas, “Desenrola Brasil”, o g1 ouviu a delegada Ana Luiza Noriler da Silva Carneiro, da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações, Falimentares e Fazendários (DEDFAZ), em Campo Grande, sobre os cuidados necessários para não cair em golpes nas redes sociais.

Tanto Google quanto Facebook terão 48 horas para remover os anúncios falsos. Em caso de descumprimento, as empresas poderão ser multadas em R$ 150 mil por dia. A determinação foi publicada em edição do Diário Oficial da União desta quarta-feira (26).

O governo informou que criminosos criam sites falsos, com símbolos do governo e do Desenrola, para promover anúncios nas redes sociais e atrair pessoas interessadas em “limpar o nome”. Há ofertas de desconto de até 99%.

A delegada esclarece que, além do estelionato – em que a vítima acredita que está quitando a dívida com a instituição financeira, mas, na verdade, está pagando ao criminoso –, as pessoas ainda correm o risco de ter os dados pessoais, como nome, CPF, endereço e número da conta bancária, usados para a aplicação de outros golpes.

“É importante que os meios de comunicação cooperem para garantir a segurança do usuário. As fakes news não trazem nenhum benefício para sociedade, muito pelo contrário. A internet é um instrumento para facilitar a nossa vida com inúmeros benefícios, desde que todos tenham consciência de que é preciso ter cuidado”, disse Ana Luiza.

Anúncio ativo nesta quinta-feira (20) com fraude envolvendo o nome do Desenrola Brasil — Foto: Reprodução/Biblioteca de Anúncios da Meta
Anúncio ativo nesta quinta-feira (20) com fraude envolvendo o nome do Desenrola Brasil — Foto: Reprodução/Biblioteca de Anúncios da Meta

A delegada alerta que após a pandemia houve o aumento expressivo de crimes envolvendo a internet, principalmente através de links fraudulentos. “Para os criminosos agirem eles precisam da colaboração da vítima, seja ao clicar em link, compartilhar os dados, utilizar as mesmas senhas em todos os aplicativos, tudo isso facilita a engenharia dos criminosos, que sempre buscam as melhores tecnologias para burlar o sistema”.

Ana Luiza pontua que para evitar golpes na internet, principalmente em relação a notícias e anúncios falso, é essencial nunca passar dados pessoais por telefone, principalmente quando te ligam. “Os cuidados são básicos como não clicar em links desconhecidos, não entrar em contato em números de telefones fornecidos por SMS, não encaminhar dados bancários para terceiros ou desconhecidos. É fundamental sempre quando for encaminhar os dados bancários certificar que é o canal oficial do órgão”.

Como evitar cair em golpes na internet?

O g1 separou algumas dicas para não cair em golpes na internet:

  • Em vez de clicar em links, prefira digitar o endereço da loja no navegador de internet;
  • Abordagens sobre “grande oportunidade de compra”, com pedido de pagamento imediato para que a oferta seja mantida, são suspeitas;
  • Evite clicar em links que foram enviados por e-mail ou em mensagens de WhatsApp e outros aplicativos de conversa;
  • Fique atento aos endereços de e-mail: empresas de grande porte não costumam utilizar endereços finalizados em @gmail.com ou @hotmail.com. No caso de entidades públicas, os endereços mais comuns de e-mail terminam em @gov.br ou @org.br;
  • Desconfie de promoções com preços muito abaixo do valor de mercado;
  • Prefira usar o cartão virtual para compras na internet;
  • No caso de pagamento com PIX, faça a transferência dentro do ambiente da loja virtual confiável. Se a empresa fornecer um QRCode, confira com atenção todos os dados para confirmar a identidade da loja;
  • Em compras com boleto, verifique o nome da empresa que aparece no documento, no aplicativo ou site do banco. Desconfie se o nome for diferente da loja onde a compra foi feita;
  • Para compras em redes sociais, confira se a página tem selo de verificação, número de seguidores compatíveis e comentários de outros consumidores;
  • Não use computadores públicos ou de desconhecidos para fazer compras e inserir dados bancários;
  • Cuidado ao preencher cadastros na internet: evite fornecer dados pessoais em links enviados sobre supostas promoções;
  • Não utilize dados pessoais para senha, como data de aniversário. Números repetidos ou sequenciais também são inseguros. Use caracteres especiais, combinados com letras e números para uma senha mais segura;
  • Evite deixar senhas anotadas no papel ou em um dispositivo eletrônico.

Republicado de https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/

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