Após mau tempo frear despacho de primeira carga pela Bioceânica, Setlog/MS e governo planejam exportação para primeiro trimestre de 2024.

Setlog/MS e governo de MS planejam retomar entre fevereiro e março de 2024 exportação de produto do estado pela megaestrada que liga o Brasil ao Chile — Foto: Anderson Viegas/g1 MS.

San Salvador de Jujuy (Argentina): Após o mau tempo brecar o despacho da primeira carga da Rota Bioceânica, o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Mato Grosso do Sul (Setlog-MS) e o governo do estado planejam retomar a exportação entre fevereiro e março de 2024.

Um grande volume de chuva em curto espaço de tempo deixou intransitáveis 220 quilômetros ainda não pavimentados, por onde o caminhão carregado com carne “Made in MS” seguiria no trecho paraguaio da megaestrada.

“Devido a um problema com chuva [mais de 120 milïmetros em dois dias em uma região em que chove 240 milímetros em média no ano todo], nessa parte da estrada no Chaco paraguaio, nós pensamos em mandar o caminhão com a primeira carga da Rota por Ponta Porã, descendo até Assunção e ai seguindo pela Argentina e depois o Chile. Acontece que essa não seria o trecho previsto do corredor. Estudamos a situação e decidimos não fazer essa exportação por esse caminho. Vamos esperar para o período chuvoso, e em fevereiro ou março estaremos fazendo essa exportação, mostrando de fato para toda a população sul-mato-grossense e brasileira que já é possível exportar pela rota”, apontou o presidente do Setlog/MS, Claudio Cavol.

O assessor especial de Logística da Semadesc, Lúcio Lageman, destacou que a conclusão da primeira exportação pela Rota é importante, mas é somente simbólica, já que os estudos e as expedições da Rota da Integração Latino-Americana (RILA), capitaneadas pelo Setlog/MS, além dos próprios investimentos que os governos dos quatro países envolvidos: Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, fazem no projeto, já demonstraram sua viabilidade econômica e social.

“Vamos retomar em fevereiro ou março, com uma estrutura melhor. Foi uma grande frustração para todos nós, mas temos que lembrar que contra o tempo não tem como lutar. A região do Chaco é de difícil acesso e as obras de pavimentação desse trecho final da rodovia da Bioceânica estão em andamento. O caminhão é uma chegada simbólica, mas todos já sabemos que é viável e continuaremos trabalhando para a concretização do sonho, que é chegada das nossas cargas aos portos chilenos”, destacou.

Sétimo dia da expedição

A expedição da RILA entrou nesta quinta-feira (30) no seu sétimo dia. Após participarem na terça e quarta-feira de uma série de reuniões e encontros no 4º Fórum dos Territórios Subnacionais do Corredor Bioceânico Capricórnio, o grupo saiu de Iquique, no Chile, com destino a San Salvador de Jujuy, na Argentina.

No trajeto de 962 quilômetros, entre as duas cidades, os rileiros passaram por algumas localidades e comunidades que são importantes pontos de referência no desenvolvimento da rota, como Calama, polo industrial (Chile); San Pedro do Atacama, polo turístico e cultural (Chile); deserto do Atacama (Chile), posto de fronteira integrado Paso do Jama e a Cordilheira dos Andes (Veja as fotos abaixo).

Lhama, animal andino típico, encontrado com frequência na Cordilheira dos Andes e criado pela população local — Foto: Anderson Viegas/g1 MS
Lhama, animal andino típico, encontrado com frequência na Cordilheira dos Andes e criado pela população local — Foto: Anderson Viegas/g1 MS
Deserto do Atacama, no Chile — Foto: Anderson Viegas/g1 MS
Deserto do Atacama, no Chile — Foto: Anderson Viegas/g1 MS
Cordilheira dos Andes, no Chile — Foto: Anderson Viegas/g1 MS
Cordilheira dos Andes, no Chile — Foto: Anderson Viegas/g1 MS

Nesta sexta-feira, seguem viagem de San Salvador de Jujuy, na Argentina, para Assunção, no Paraguai.

Rota Bioceânica deve provocar aumento da movimentação de cargas na megaestrada que liga o Brasil ao Chile — Foto: Anderson Viegas/g1 MS
Rota Bioceânica deve provocar aumento da movimentação de cargas na megaestrada que liga o Brasil ao Chile — Foto: Anderson Viegas/g1 MS

Republicado de https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/

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