Duas mulheres prestaram depoimento na Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher), em Campo Grande, contra o capelão do Exército, José Jucier Ferreira Alves, de 37 anos. Ele é investigado por importunação sexual e ameaças.
As vítimas, segundo depoimento, conheceram o padre em uma festa de flashback, antes de irem para a casa dele.
Em depoimento, uma das mulheres disse que estava em uma festa com o esposo e amigos, quando o padre chegou. Ela diz ter sido convidada por um amigo do capelão para ir até uma lanchonete, na avenida Afonso Pena, com a intenção de continuar o consumo de bebidas alcoólicas.
De lá, a convite do capelão, todos foram para o apartamento dele, na mesma avenida, a cerca de 1 km.
Na residência, o suspeito teria agarrado a mulher casada, enquanto o marido estava no banheiro. Ela afirma que José apertou seus seios e nádegas, além de ter passado a língua em seu pescoço.
Mesmo de longe, a amiga teria visto e ido em direção ao padre, mas foi contida pelo amigo dele. A mulher ainda diz que o homem contou que o religioso estaria armado.
Em depoimento, a outra vítima complementou dizendo que, após a situação, o padre mandou todos irem embora. A todo momento ele estaria segurando o cabo da arma na cintura.
Após o depoimento das mulheres, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do padre.
Prisão
José Jucier Ferreira Alves foi preso em casa, no dia 8 de setembro de 2023. Durante depoimento, ele confirmou ter ido à festa de flashback e, por acaso, encontrou um amigo. Na mesma noite, conheceu as mulheres e o marido de uma delas.
Ele também confirmou que o grupo foi até a lanchonete e ainda para seu apartamento. Segundo ele, sem nenhuma intenção com as mulheres.
À polícia, o religioso disse ainda, que, no apartamento, uma das mulheres começou a interrogá-lo, o que o teria provocado incomodo. Ele, então, conta que mandou todos embora, sem ameaçar ninguém.
Questionado sobre a arma de fogo, ele disse ter autorização para usá-la.
Liberdade
Depois de preso, a defesa do padre, o advogado Alexandre Barros Padilhas, pediu pela revogação da decisão. Ele alegou que, oficial do Exército Brasileiro, exercendo a função de capelão, José não possui antecedentes criminais, além de ter residência fixa.
No dia 18 de setembro, o padre teve o pedido de liberdade provisória concedido pela 2ª Vara Criminal de Campo Grande.
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