Durante entrevista ao programa “Giro Estadual de Notícias”, do Grupo Feitosa de Comunicação, o deputado federal Geraldo Resende (PSDB-MS) reforçou a pré-candidatura a prefeito de Dourados nas eleições municipais do próximo ano.
“Em Dourados, temos três deputados do partido que se colocam como pré-candidatos a prefeito, além de mim, temos o deputado estadual Zé Teixeira e a deputada estadual Lia Nogueira. Por isso, vamos trabalhar dentro e fora da sigla para que possamos, de fato, termos uma candidatura viável e que possa enfrentar os desafios que Dourados apresenta”, declarou.
Segundo o parlamentar sul-mato-grossense, Dourados é uma cidade que apostou muito em novidades na política e nunca deu certo. “Foi assim na última eleição para prefeito, quando todas as forças políticas apontavam que o nome do hoje vice-governador Barbosinha seria o que melhor representava o PSDB naquele momento, mas que, infelizmente, não logrou êxito e a população elegeu o Alan Guedes (PP). Tinha sido assim também na disputa com a Délia Razuk, que acabou vitoriosa”, recordou.
Ele disse que entende que os eleitores de Dourados há muito anseiam e há muito sonham com alguém que possa enfrentar os desafios que a cidade apresenta. “O desafio na área de saúde, o desafio na área da educação, o desafio na área da assistência social, o desafio de colocar a força de Dourados, principalmente oriunda da iniciativa privada, em sintonia com um processo que seja alavancado pelo poder público municipal para que possa de fato exercer sua liderança na região e possa construir uma cidade que, dentro de algumas décadas, vai chegar seguramente aos 500 mil habitantes”, projetou.
Geraldo Resende informou que o PSDB de Dourados ainda não tem uma data definida para que possa reunir os filiados e decidir quem vai conduzir dentro da legenda o processo de sucessão no município. “Nós primeiros temos uma etapa a cumprir. A eleição para a escolha do novo diretório municipal no próximo dia 27 de agosto. Será um mês muito importante para o partido na medida em que vamos ter esse processo de renovação do nosso diretório e, assim que isso ocorrer, vamos começar também a trabalhar para a gente fazer um programa de governo que seja adotado pelo conjunto da população de Dourados e, principalmente, que seja discutido com todas as pessoas que querem o bem da cidade”, reforçou.
Para o deputado federal, o escolhido deve ser aquele que coloca o interesse de Dourados acima do interesse pessoal e da liderança partidária. “E aí é que eu volto a questionar: o que que nós pensamos acerca da saúde pública de Dourados? E o que nós pensamos acerca do desenvolvimento de Dourados? Porque isso implica logicamente em uma região que congrega 34 municípios e mais de um milhão de pessoas, que vivem nos municípios que convergem a Grande Dourados. E, quando Dourados vai mal, ela impacta todos esses 34 municípios e impacta na vida de um milhão de pessoas. Por isso, nós precisamos pensar para apresentar uma candidatura que esteja sintonizada com esse momento, que é o que a grande maioria da população de Dourados anseia”, argumentou.
Mandato na Câmara Federal – No transcorrer da entrevista, o parlamentar reforçou que está muito bem com seu mandato de deputado federal, pois saiu de uma eleição como 3º colocado e muito próximo daqueles que pontuaram na liderança no processo eleitoral passado. “Tenho feito um bom trabalho nesses cinco meses de mandato, tenho grandes conquistas, como a construção da Casa da Mulher Brasileira em Dourados, que é uma situação que eu entendo como muito importante para gente enfrentar essa chaga que é a violência contra a mulher em Mato Grosso do Sul”, ressaltou.
Ele ainda completou que está trabalhando para conquistar um projeto de abastecimento de água nas reservas indígenas de Dourados, que tem um volume de recurso bastante significativo. “A gente vai resolver definitivamente essa questão da água em Dourados. Além disso, conquistei uma unidade de saúde que vai ser a mais moderna para Mato Grosso do Sul lá dentro da reserva indígena de Dourados”, informou.
Geraldo Resende ainda comunicou que também conseguiu a ampliação de casas para a população indígena de Mato Grosso do Sul, saindo de 130 imóveis para quase 200 unidades em Dourados. “Então, tudo isso é conquista do mandato e que tem apenas cinco meses, além de vários recursos que nós estamos distribuindo para melhorar a saúde, a educação e também na aquisição de veículos para transporte sanitário, bem como a questão da assistência social e da e da agricultura familiar, que é também uma preocupação do nosso mandato”, argumentou.
De acordo com ele, tudo isso somado demonstra que está muito bem situado como deputado federal e, por isso, para que possa se colocar como pré-candidato a prefeito de Dourados, é preciso que haja um entendimento. “Eu não vou disputar a Prefeitura de Dourados como se fosse uma luta final do meu processo. Eu tenho uma longa história política, quero ajudar Dourados, pois entendo que hoje tenho conhecimento, vivência e um bom trânsito graças à vasta relação com o poder estadual e com o poder federal, podendo partir desse bom relacionamento para viabilizar os grandes projetos que Dourados precisa para resolver definitivamente a questão da saúde”, garantiu.
O deputado federal destacou que a saúde pública de Dourados é hoje a principal preocupação da população. “Já consegui um hospital, que está terminando. O Hospital Regional que está sendo construído à margem BR-463, que demanda Ponta Porã, mas é preciso discutir a gestão, é preciso discutir o que vai ser feito nesse hospital e é preciso que a população entenda que alguém que é da saúde, pois já fui secretário por duas vezes, tem condições de poder encaminhar a melhor saída para que se enfrente essa situação. Além das outras bandeiras que logicamente um prefeito precisa comandar em uma cidade tão grande como Dourados e que, como eu disse também, é uma cidade que converge cerca de um milhão de moradores”, recordou.
Encontro do PSDB – Durante a entrevista, Geraldo Resende também abordou o encontro que o PSDB de Mato Grosso do Sul teve com o presidente nacional da sigla, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. “Eu posso dizer que foi uma reunião memorável, lotou o diretório estadual do PSDB, prefeitos e prefeitas, vereadores e vereadores, deputados estaduais, deputados federais, lideranças políticas não só da Capital, mas de todo o interior estiveram presentes”, revelou.
Para ele, foi uma grande reunião que consolidou cada vez mais o fortalecimento do partido no Estado, mostrando que a sigla é, de longe, a melhor estrutura estadual dentro do PSDB no Brasil sobre a batuta do ex-governador Reinaldo Azambuja e agora com a presença muito marcante do atual governador Eduardo Riedel. “Mostramos ao País e a nós de Mato Grosso do Sul a envergadura que nós temos no governador Eduardo Leite como uma pessoa capaz de formular, não só para dentro do partido, mas para o conjunto da sociedade brasileira uma proposta que saia dos extremos que estamos vivendo na política nacional”, pontuou.
O parlamentar disse que Eduardo Leite criticou o extremismo de direita e o extremismo de esquerda. “Com ele, nós possamos apresentar ao País uma alternativa para sair dessa polarização odiosa que nós estamos vivendo na política brasileira. O Eduardo Leite é um jovem, que já foi testado desde vereador lá em Pelotas (RS), depois prefeito e agora governador pelo segundo mandato, ou seja, no Rio Grande do Sul nunca havia tido um governador que havia sido reeleito, ele quebrou esse estigma lá e conseguiu ser reeleito”, ressaltou.
Geraldo Resende acrescentou que o governador do Rio Grande do Sul demonstrou que é possível fazer uma política em que se possa apresentar ao Brasil aquilo que há de positivo no liberalismo econômico, assim como também uma política voltada para o enfrentamento das questões sociais que se apresentem e que são volumosas no Brasil. “Também informamos ao Eduardo Leite que nós estamos fazendo um mapeamento em todo Mato Grosso do Sul e já temos quase 50 prefeitos filiados ao partido. Queremos lançar candidatos a prefeito no maior número de municípios, respeitando, logicamente, os partidos aliados, os que dão sustentação ao governador Eduardo Riedel na Assembleia Legislativa, mas, nós entendemos que temos todas as condições de termos 50 prefeitos eleitos no próximo ano”, assegurou.
Casa da Mulher Brasileira – O deputado federal também detalhou melhor a conquista de uma Casa da Mulher Brasileira em Dourados. “Desde o primeiro dia do meu mandato, tenho colocado essa questão da situação da mulher de Mato Grosso do Sul como prioritária. A violência contra a mulher em Mato Grosso do Sul é muito presente e nós precisamos enfrentar essa chaga. Eu fui buscar com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, essa garantia e, inclusive, no dia da discussão do PPA em Mato Grosso do Sul, trouxe o prefeito de Dourados e coloquei essa questão como suprapartidária”, declarou.
Ele contou que o prefeito Alan Guedes garantiu a doação de uma área do tamanho que permita a construir nos mesmos moldes da Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande. “A obra vai ser lançada agora em agosto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em agosto, Mato Grosso do Sul vai receber a segunda Casa da Mulher Brasileira. Vão ser lançadas unidades da Casa da Mulher Brasileira em todo o País, mas, a primeira a ministra garantiu vai ser a de Dourados porque ela é daqui de Mato Grosso do Sul e sabe da violência contra a mulher de um modo geral em Dourados, mas, principalmente, contra as mulheres indígenas”, lamentou.
Reforma Tributária – Sobre a aprovação da Reforma Tributária pela Câmara dos Deputados, Geraldo Resende disse que os parlamentares discutiram isso exaustivamente e é importante dizer que o relatório vai beneficiar o conjunto da população brasileira. “Essa discussão já tinha 35 anos. Durante meus cinco mandatos anteriores sempre esteve na pauta. Então, é uma grande vitória do povo brasileiro a Reforma Tributária que foi aprovada e agora vai para o Senado verificar as modificações”, pontuou.
Ele reforçou que é importante salientar que há uma profusão de leis no País e que esse conjunto enorme de leis impede o crescimento do Brasil. “O País foi o que menos cresceu dentro do conjunto do crescimento verificado em todo o planeta. Ou seja, o Brasil foi o que menos cresceu nos últimos 30 anos. Além disso, o País tem uma profusão de impostos que faz com que aqueles que querem investir não venham. Por tudo isso, nós aprovamos a Reforma Tributária, afirmou.
O parlamentar também considerou como inverídica a informação de que a Reforma Tributária vai aumentar imposto para determinadas categorias, principalmente, em relação à cesta básica. “Pelo contrário, a cesta básica não vai ter impostos, principalmente para aquelas pessoas que estiverem cadastradas no CadÚnico, sendo que inclusive vai baixar a tributação já existente em produtos para aqueles que não tenham o CadÚnico”, explicou.
Então, acrescentou o deputado federal, é importante salientar que houve muitas conquistas, que, a partir da Reforma Tributária, o País possa ser a bola da vez e deixar de ser o país do futuro tão apregoado e se torne o país do presente. “A nossa experiência enquanto agente político de fato é que o país hoje pode ter um crescimento vertiginoso nos próximos anos e nas próximas décadas. Uma coisa inclusive que o governador Eduardo Riedel falou bastante. É que não dava para colocar aí a vontade de crescer do País em si, não dava para colocar os anseios de Mato Grosso do Sul na vontade de crescer do País”, declarou.
Geraldo Resende disse que a bancada federal debateu muito com o governador Eduardo Riedel e as preocupações dele foram colocadas dentro de um relatório entregue aos parlamentares. “Na questão de alguns incentivos fiscais que existem em Mato Grosso do Sul e que garantiram a vinda de várias indústrias de transformação, foi garantida a continuidade deles até o ano de 2032. Além disso, também foi garantida a subsistência do Fundersul, que é um programa que alavancou o desenvolvimento estadual através da cobrança de tributos em determinados produtos”, citou.
Para encerrar a entrevista, o deputado federal disse que as perdas que Mato Grosso do Sul poderia sofrer com a Reforma Tributária eram preocupações muito grandes do governador Eduardo Riedel. “E, nós, da bancada federal do Estado no Congresso Nacional, levamos isso a Brasília, discutimos com o relator, deputado federal Aguinaldo Ribeiro, e dentro do relatório final foram contempladas essas preocupações. Então, Mato Grosso do Sul certamente sairá ganhando com essa Reforma Tributária”, finalizou.
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