A aprovação histórica da reforma tributária com ampla margem de votos na Câmara dos Deputados cobrada há décadas pelos setores produtivos, pois a última grande alteração ocorreu no governo militar, é considerada uma vitória do governo Lula e demonstrou a força do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Nos últimos 35 anos, governos defenderam alterações nas leis fiscais, mas nenhuma avançou. O deputado Geraldo Resende (PSDB-MS) foi um dos que fizeram questão de parabenizar Lira pela vitória e justificou aqui ao Blog: “Fui cumprimentá-lo pela liderança neste projeto e por exercer seu papel de presidente da Casa”.
Pode-se gostar ou não de Lira, mas ele comprovou sua liderança e se empenhou até o último instante pela votação e aprovação da proposta. Em ato raro, deixou a mesa diretora e discursou em defesa da PEC 35 frisando que estava em julgamento um projeto de país. “Todos querem um sistema tributário com justiça social simplificada e eficiente. Não nos deixemos também levar pelo radicalismo político. O povo está cansado disso”, disse.
Além de Lira, o Correio Braziliense assinalou outros personagens que tiveram papel importante na aprovação do texto:
“Vários foram os atores envolvidos na elaboração do relatório do deputado Aguinaldo Ribeiro que se empenharam para que a reforma fosse apreciada pelo plenário.
No circuito de negociações destacam-se o ministro da Fazenda, Fernando Haddad — que articulou politicamente e, também, para que fosse construído um texto que chegasse o mais perto possível dos pleitos de todos os setores afetados; o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que acelerou os trabalhos e fez o meio-campo entre as bancadas e frentes dentro da Casa; e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que ao apoiar o texto quebrou resistência de outros governadores e os galvanizou pela aprovação da matéria.
A única bancada a orientar contra a matéria foi o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas mesmo assim 20 deputados votaram favoravelmente. O partido Novo tentou impedir ue a reforma prosseguisse, mas o pedido de retirada de pauta foi derrubado.”
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