O deputado Geraldo Resende (PSDB-MS) esteve reunido com o diretor-presidente da Infra S/A, Jorge Bastos nesta terça-feira (30). A Infra S/A é a empresa pública de estudos de logística do Governo Federal. Na reunião, o parlamentar defendeu o esforço para que a atual concessionária da BR-163, a CCR Vias, permaneça na administração da rodovia. Jorge Bastos informou ao ministro dos Transportes, Renan Filho, sobre a possibilidade. O titular da Pasta afirmou que vai priorizar a proposta.
As discussões sobre a licitação para concessão da BR-163, que corta o Estado de Mato Grosso do Sul de norte a sul se intensificaram em março. Na época, o Governo Federal anunciou que iria licitar apenas o trecho norte, de 379,6 km, que vai de Campo Grande até a divisa com o Estado de Mato Grosso. O anúncio criou insatisfação entre os empresários, a classe política, o setor produtivo e a população em geral da parte sul do Estado.
“Procurei a ANTT para discutir o que seria feito com a outra metade da rodovia, a chamada rota Tuiuiú, de 467 km. Fomos informados que seria licitada posteriormente, mas ainda sem data e com o estudo de viabilidade inconcluso. Conversando com especialistas, montamos uma proposta para se manter a atual concessionária. A ideia é de se conservar os preços das tarifas e iniciar as obras de revitalização na BR-163 de forma célere. Um exemplo é a duplicação do trecho entre Caarapó e Dourados”, explica Geraldo Resende.
O único trecho previsto para a relicitação, entre Campo Grande e o Rio Correntes, foi denominado de Rota do Pantanal. Estão previstas melhorias como a duplicação de 67 quilômetros, implantação de 84 quilômetros de faixas adicionais, 2,5 quilômetros de vias marginais, travessias urbanas e diversos dispositivos de segurança, passagens de fauna, pontos de ônibus e passarelas.
“A quilometragem negligenciada até o presente momento abarca toda a região da Grande Dourados, com mais de 35 municípios, que apresenta a malha totalmente degrada, necessitando urgentemente de reparos. A situação atual da rodovia significa risco para motoristas, engarrafamentos e prejuízos para o setor produtivo”, complementa o deputado.
O tempo de espera por um novo leilão, a possibilidade de o leilão dar vazio, o atraso nas reformas na rodovia foram argumentos utilizados pelo parlamentar.
A relicitação da BR-163 em Mato Grosso do Sul é um pleito antigo. Após leilão em 2013, a MS Via assumiu a concessão de 847 quilômetros em 12 de março de 2014, tendo a cobrança de pedágio iniciada em 14 de setembro de 2015. No entanto, a atual concessionária protocolou junto à ANTT o pedido de rescisão amigável do contrato, solicitando a devolução do trecho.
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