Reunião técnica do Conselho de Regulação, realizada nesta quinta-feira (19), aprovou aumento da tarifa do transporte coletivo de Campo Grande para R$ 5,80. O valor é o que o Consórcio Guaicurus deve receber por passagem, no entanto, o preço pago pelo consumidor será menor.
O valor atinge o teto de reajuste dos estudos feitos pela Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), porém o cidadão deve pagar entre R$ 4,65 e R$ 4,80. A definição do aumento depende da prefeitura de Campo Grande.
“Indicamos a tarifa remuneratória de R$ 5,80, o próximo passo é enviar a decisão para a prefeitura de Campo Grande, que vai passar para a população a tarifa pública para a sociedade”, explica o diretor-presidente da Agereg, Odilon de Oliveira Junior.
Ainda não há data para que o valor entre em vigor, dependendo também da publicação da prefeitura em Diário Oficial. O valor mais baixo para os passageiros se deve às negociações feitas pela prefeitura para isentar a tarifa, entre elas desoneração de impostos e aportes feitos pelo Governo do Estado, por exemplo.
Em junho de 2022, Termo de Convênio nº 32.097 transferiu R$ 7,2 milhões (pouco mais de R$ 1 milhão por mês) em recursos do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul para ajudar a arcar com a gratuidade do passe dos estudantes de Campo Grande. O termo foi publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado de 30 de junho.
Consórcio quer reajuste maior
Insatisfeito com o resultado da reunião, o gerente executivo do consórcio Guaicurus, Robson Strangari afirma que o valor aprovado não mantém os custos do transporte “como deveria”, o que dificulta novos investimentos.
Apesar de admitir a necessidade de melhorias no transporte, o representante do consórcio afirma que novos investimentos geram custos, difíceis de serem cobertos com a tarifa aprovada. Para o consórcio, o ideal seria uma tarifa de R$ 7,79.
Recentemente, o Jornal Midiamax mostrou em uma série de reportagens, as dificuldades enfrentadas pelos passageiros do transporte coletivo de Campo Grande e as condições ruins dos terminais e pontos de ônibus.
Sobre o reajuste dos funcionários, Strangari disse que será feito a partir do reajuste da tarifa, porém abaixo dos 16% desejado pelos trabalhadores que paralisaram as atividades na quarta-feira (18).
Retirado de https://midiamax.uol.com.br