Cerca de 200 trabalhadores da Prefeitura Municipal de Campo Grande foram para as ruas na manhã desta quinta-feira (5) para atuar no rescaldo das chuvas que castigaram a Capital na quarta-feira (4). Segundo o secretário Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, não há previsão para a finalização dos trabalhos de limpeza e recuperação das vias.
Entre os prejuízos estão ruas enlameadas, estruturas de pontes e calçadas desmoronadas e famílias com a casa invadida pela água. Uma residência no Água Limpa Park, por exemplo, ficou destruída após o rompimento de uma lagoa de contenção. Apesar do nome do bairro, a água suja e vermelha desceu a Rua Nobres e invadiu as casas.
As imagens de câmeras de segurança mostram que, além do líquido enlameado, móveis também descem e batem nos muros com a força da correnteza.
Até a noite de quarta-feira, mais de 150 famílias dos bairros Caiobá, Parque do Sol, Ponta Araraquara, Aguadinha e Só por Deus receberam auxílio emergencial de lonas. A Defesa Civil da Capital registrou mais de 10 ocorrências entre pontos de alagamentos, queda de muro e de árvores e falta de energia.
Ruas ficaram alagadas
Com o alto volume de chuvas, vias importantes da Capital ficaram completamente tomadas pela água, como na Avenida Ernesto Geisel, em que um homem foi resgatado do carro com a ajuda de uma corda por populares. Imagens feitas de prédios mostram o local encoberto pela chuva.
De acordo com o Centro de Controle Integrado de Mobilidade Urbana da Agência Municipal de Transporte e Trânsito, foram identificados problemas com a chuva nas seguintes vias: Avenida Ernesto Geisel com a Rachid Neder, Avenida Professor Luiz Alexandre com a Mato Grosso, Rua Ivan Fernandes com a Avenida Professor Luiz Alexandre, Avenida Campestre com a Thyrson de Almeida, Via Park e Rotatória da Coca.
A Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) irá concentrar o trabalho nas primeiras horas desta quinta-feira na desobstrução de ruas, com a limpeza das vias asfaltadas e retirada de barros, pedras e sedimentos que ficaram acumulados após a chuva. Serão utilizados 40 caminhões e máquinas no serviço. Segundo o titular da Sisep, equipes trabalham nesta manhã nas Avenidas Ernesto Geisel, José Barbosa Rodrigues e bairro Noroeste.
O último levantamento divulgado pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e Clima de Mato Grosso do Sul) aponta que Campo Grande acumulou 165,2 mm de chuvas no período de 24 horas, o que representa 68% do esperado para janeiro inteiro.
Onde conseguir ajuda?
As pessoas que moram em residências consideradas “habitação de interesse social” e que foram prejudicadas pela tempestade podem solicitar serviços de reparação nos seguintes telefones: (67) 3314-3900 e WhatsApp no (67) 99350-1126.
O número da Defesa Civil é 156. Por esse contato a pessoa pode solicitar retirada de árvores que bloqueiam o trânsito, risco de queda de árvores e semáforos desligados.
O que diz a Prefeitura?
O Midiamax mostrou que o problema de inundação na Via Park é um problema crônico: o cenário da via encoberta pela água da chuva se repetiu em 2011 e na última quarta-feira (4).
O jornal entrou em contato com a Prefeitura para perguntar quais são os planos para solucionar os problemas das vias que sempre alagam, como Ernesto com Rachid, Ernesto com Euler e Nelly Martins próximo a Afonso Pena. Confira abaixo a resposta:
A Prefeitura tem mapeado os pontos de alagamento e as soluções adequadas para regular o fluxo de correnteza e evitar o transbordamento dos córregos Segredo, Imbirussu, os mais críticos por impactarem áreas densamente povoadas.
Retirado de https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/