Faltando cerca de 30 dias para o início do ano letivo, a movimentação para a compra de materiais escolares ainda é baixa no Centro de Campo Grande. Consumidores tem ido de loja em loja em busca de promoções e optando por comprar aos poucos, de forma “picada” onde encontram as melhores ofertas.
A professora Roberta Antunes é de Terenos, a 17 km de Campo Grande, e veio à capital para pagar alguns boletos. Mãe de dois filhos, de 17 e 9 anos, aproveitou a viagem para antecipar a compra de alguns acessórios.
“Resolvi vir aqui hoje por conta das promoções, pra pegar um preço menor e também a calma que encontrei, sem correria. Estou comprando aos poucos, analisando os preços e o que acho que está com um preço bom, estou levando já”, diz.
Em dezembro de 2022, uma pesquisa de preços do Procon Estadual, no Centro, apontou variação de 941% nos valores por conta dos apontados de plástico simples, sem depósito. O mesmo produto foi encontrado tanto por R$ 2,50 quanto por R$ 0,24. Confira a pesquisa completa aqui.
Embora esse levantamento do Procon MS, Roberta avalia os que alguns produtos estão com preços melhores em relação ao ano anterior.
“Alguns acessórios estão mais caros, como lápis de cor. Mas, estou achando que está mais em conta do que o ano passado. Em 2022 acabei deixando pra última hora e pegando mais caro”, relembra.
“Compro onde vejo que vale a pena”
Cristiane Bizzi, administradora, notou que a variedade de materiais ainda estão escassos, e que não está tão caro quanto os anos anteriores.
“Vou comprar aos pouquinhos. Compro onde vejo que vale a pena. Ainda vou esperar os materiais novos que vão chegar, com outros preços. Já vim hoje pra tentar pegar melhores preços, e nesta loja que vim estava com bons preços de cadernos. Temos duas crianças, então precisamos de bastante cadernos”, afirma Cristiane.
Em três lojas visitadas pelo Primeira Página, os vendedores relataram que a movimentação ainda está fraca, porém que já se iniciou desde a segunda quinzena de dezembro.
“Está começando agora. Daqui pra frente vai aumentando. Mas, já tem bastante gente procurando. Já na segunda quinzena de dezembro já tinha gente comprando”, recorda a vendedora, Ligiane Vieira.
A professora Valdete Silva também decidiu se antecipar, mas não pra levar tudo. Devido a variação de preço de alguns itens, ela julgou pegar primeiro o mais caro.
“Achei melhor comprar mochila primeiro, por ser um material mais caro. Depois do dia 20, começo a comprar o restante dos materiais, como caderno e lapiseira. Mais perto de fevereiro o preço vai aumentar e são muitas pessoas atrás (comprando)”, avalia a professora, que é mãe de uma estudante de 14 anos.
As aulas na Reme (Rede Municipal de Ensino) vão começar no dia 8 de fevereiro. Na REE (Rede Estadual de Ensino), os estudantes iniciarão os estudos no dia 6 de fevereiro.
Variação de preços
Retirado de https://primeirapagina.com.br/mato-grosso-do-sul/